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Blog da Tia Maryane

domingo, 17 de março de 2013

DEPUTADO LULA MORAIS PC do B D E C R E T A:



A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ

D E C R E T A:

Art. 1º – O Artigo 18 da Constituição Estadual  passa a vigorar acrescido do parágrafo único, com a   seguinte redação:

“Art. 18 (omissis)

Parágrafo Único - O dia 25 de março fica estabelecido como data magna do Estado do Ceará”. (NR)

Art. 2º - A presente Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

PAÇO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 22 de setembro de 2011



DEPUTADO LULA MORAIS
PC do B






JUSTIFICATIVA

A Província do Ceará foi a primeira do Brasil a abolir a escravidão da raça negra. Este episódio histórico, que ainda hoje nos enche de orgulho, levou José do Patrocínio, durante uma conferência, em favor da abolição, a denominar o Ceará de "Terra da Luz, Berço da Liberdade ".  (Armando Rafael)

Ao se falar em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios com negros africanos, colocando-os a venda por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrar dos capitães-do-mato, que eram os homens que perseguiam os negros que haviam fugido das fazendas, dos Palmares, da  Guerra da Secessão dos  Estados Unidos, da dedicação e ideias defendidas pelos abolicionistas e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico dos africanos. Ela vem desde os primórdios da história humana, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores.
No Brasil, em 1880, políticos importantes, como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, criam, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, que estimula a formação de dezenas de agremiações semelhantes pelo Brasil. Da mesma forma, o jornal O Abolicionista, de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Ângelo Agostini, servem de modelo a outras publicações antiescravistas. Advogados, artistas, intelectuais, jornalistas e políticos engajam-se no movimento e arrecadam fundos para pagar cartas de alforria.
Teve participação destacada na campanha abolicionista, a maçonaria brasileira, sendo que quase todos os principais líderes da abolição foram maçons. José Bonifacio, pioneiro da abolição, Eusébio de Queirós que aboliu o tráfico de escravos, o Visconde do Rio Branco responsável pela Lei do Ventre Livre e os abolicionistas Luís Gama, Antônio Bento, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Silva Jardim e  Rui Barbosa eram maçons. Em 1839, os maçons Davi Canabarro e Bento Gonçalves emancipam escravos durante a Guerra dos Farrapos.
No Recife, os alunos da Faculdade de Direito mobilizam-se, sendo fundada uma associação abolicionista por alunos como Plínio de Lima, Castro Alves, Rui Barbosa, Aristides Espinola, Regueira Costa, dentre outros.
Em São Paulo, destaca-se o trabalho do ex-escravo, um dos maiores heróis da causa abolicionista, o advogado Luis Gama, responsável diretamente pela libertação de mais de 1.000 cativos. Criou-se também na capital paulista a Sociedade Emancipadora de São Paulo com a participação de líderes políticos, fazendeiros, lentes da Faculdade, jornalistas e, principalmente de estudantes.
O país foi tomado pela causa abolicionista, e, em 1884, o Ceará e o Amazonas aboliram a escravidão em seus territórios. Nos últimos anos da escravidão no Brasil, a campanha abolicionista se radicalizou com a tese "Abolição sem indenização" lançada por jornalistas, profissionais liberais e políticos que não possuíam propriedades rurais.

O Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravidão. Em relação as demais províncias era a que menos possuía escravos, pois eram traficados para os centros cacaueiros, cafeeiro e açucareiro por bons preços.

Essa exploração foi, aos poucos, despertando repulsa entre os cearenses que iniciaram, em Fortaleza, em 1879, um movimento emancipador denominado “Perseverança e Porvir”.

Em 1880, os abolicionistas José Amaral, José Teodorico da Costa, Antônio Cruz Saldanha, Alfredo Salgado, Joaquim José de Oliveira, José da Silva, Manoel Albano Filho, Antônio Martins Francisco Araújo, Antônio Soares Teixeira Júnior fundaram a Sociedade Libertadora Cearense com 225 sócios, cujo presidente provisório foi João Cordeiro. Para divulgar seus ideais, em 1881, fundaram o Jornal O Libertador.

As datas festejadas pelo município de Redenção, foram marcantes no processo de libertação dos escravos. Em 25 de março de 1881, por exemplo, a Sociedade alforriou 35 escravos. Outra sociedade contribuiu para o movimento abolicionista. Tratou-se do Centro Abolicionista 25 de dezembro, fundado em 19 de dezembro de 1882.

Os jangadeiros cearenses também aderiram ao movimento abolicionista e, em janeiro de 1881, fecharam o porto de Fortaleza ao embarque de escravos. O jangadeiro Francisco José do Nascimento afirmou que no porto do Ceará não embarcariam mais escravos. Por esse gesto passou à história como o "Dragão do Mar". Essa determinação foi cumprida.

No dia 1º de janeiro de 1883, a Vila do Acarape, atual Redenção, emancipou seus escravos há menos de um ano antes da província do Ceará. O povo redencionista guarda na memória o gesto heróico de ter libertado seus 116 escravos. Assim, Redenção é conhecida como Rosal da Liberdade e em 25 de março de 1884, foi abolida a escravidão no Ceará. Um marco significativo para nossa Historia.

Este episódio histórico, que ainda hoje nos enche de orgulho, levou José do Patrocínio, durante uma conferência, em favor da abolição, a denominar o Ceará de "Terra da Luz, Berço da Liberdade " e me motiva a propor, com objetivo de chamar a atenção do povo cearense e enaltecer a luta de nossa gente, que o DIA 25 DE MARÇO seja consagrado na Constituição Estadual como DATA MAGNA DO ESTADO DO CEARÁ.


Lula Morais
Deputado Estadual



sábado, 16 de março de 2013

CEARÁ LIBERTOU ESCRAVOS ANTES DO RESTO DO BRASIL

CEARÁ LIBERTOU ESCRAVOS ANTES DO RESTO DO BRASIL

CEARÁ LIBERTOU ESCRAVOS ANTES DO RESTO DO BRASIL
BLOG - RICARDO MARQUES
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Por Armando Rafael

 A província do Ceará foi a primeira do Brasil a abolir a escravidão     da raça negra. Este episódio histórico, que ainda hoje nos enche de orgulho, levou José do Patrocínio, durante uma conferência, em favor da abolição, a denominar o Ceará de "Terra da Luz, Berço da Liberdade ".

Como Terra da Luz ficou sendo conhecido o Ceará.

No Ceará, consoante tradição corrente, o escravo jamais sofreu a opressão e a impiedade, como gemiam seus irmãos de raça nos cativeiros de outras províncias. Talvez por não existir aqui uma elite econômica ( como ocorria em Pernambuco, Bahia, Minas, Rio de Janeiro, São Paulo etc. ) o escravo no Ceará, com raras exceções, era quase gente da família. Esses negros compartilhavam com humildade os acontecimentos alegres e tristes dos seus senhores. Mesmo assim no último quartel do século XIX já se registravam no Ceará campanhas contra a escravidão.

Sociedades anti-escravistas foram surgindo com a adesão de pessoas de todas as categorias sociais da província. Uma delas, a Sociedade Perseverança e Porvir tinha entre seus membros Antônio Soares Teixeira Júnior, Francisco Araújo, Antônio Martins, Manoel Albano Filho, José Amaral, José Teodorico da Costa, Antônio Cruz Saldanha, Alfredo Salgado, Joaquim José de Oliveira e José Barros da Silva. Em 1880 foi fundada a Sociedade Libertadora Cearense com 225 sócios. Nessa sociedade militavam João Cordeiro, Frederico Borges, Antônio Bezerra, Almino Tavares Afonso, Isaac Amaral e José Marrocos.

Em janeiro de 1881 o jangadeiro Francisco José do Nascimento afirmou que no porto do Ceará não embarcariam mais escravos. Por esse gesto passou à história como o "Dragão do Mar". Essa determinação foi cumprida. Em agosto daquele ano os jangadeiros impediram o embarque, no vapor Espírito Santo, de duas escravas, apesar da presença do Chefe de Polícia, Dr. Torquato Viana, que tentava coagir os humildes homens do mar a obedecer à lei. O fato é que no tumulto "polícia versus jangadeiros", o abolicionista José Carlos Silva Jataí desapareceu com as duas negras, livrando-as do embarque. Em 1882 surgiu a mais influente sociedade, o Centro Abolicionista 25 de dezembro, que entre seus membros contava com o conhecido historiador cearense Barão de Studart.

A partir daí a campanha abolicionista foi num crescendo. No dia 1º de janeiro de 1883, Acarape foi o primeiro município cearense a libertar seus escravos. Por isso o município mudou de nome e passou a chamar-se Redenção. Finalmente no dia 25 de março de 1884 foi abolida a escravidão em toda a província do Ceará. O número de negros libertos, naquela data, totalizou 35.508. Isso quatro anos e dois meses antes da Lei Áurea, aprovada a duras penas pelo Parlamento do Império, depois de intensas negociações da Princesa Regente Isabel.

Ela tomou essa decisão final em nome de Dom Pedro II e no seu próprio, como legítima representante do povo brasileiro. A Princesa Isabel afirmou dias depois que, mesmo pressentindo que a libertação da raça negra poderia representar a queda da Monarquia, não hesitara em assinar a lei. O tempo provou que ela tinha razão...

*texto enviado por Marcus Venicius Silveira Castelo Branco

quarta-feira, 13 de março de 2013

Se não estivesse fora de moda… Eu iria falar de Amor.


Se não estivesse fora de moda…
Eu iria falar de Amor.
Daquele amor sincero, olhos nos olhos,
frio no coração.
Aquela dorzinha gostosa,
de ter muito medo de perder tudo.
Daqueles momentos que só quem já amou um dia,
conhece bem.
Daquela vontade de repartir,
de conquistar todas as coisas…
Mas não para retê-las no egoísmo material da posse,

mas doá-las, no sentimento nobre de amar.
Se não estivesse fora de moda…
Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo
de fidelidade, respeito mútuo…
e outras coisas mais.
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida.
Que é ter, numa pessoa só, a soma de tudo que
as vezes procuramos em muitas.
A admiração pelas virtudes, aceitação dos defeitos…
E sobretudo, o respeito pela individualidade,
que até julgamos nos pertencerem,
sem o direito de possuir.
Se não estivesse tão fora de moda…
Eu iria falar em Amizade.
O apoio, o interesse, a solidariedade de uns
pelas coisas dos outros e vice-versa.
A união além dos sentimentos
e a dedicação de compreender para depois gostar.
Se não estivesse tão fora de moda…
Eu iria falar em Família.
Sim!  Família!!!
Pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, lar…
O bem maior de ter uma comunidade unida
pelos laços sanguíneos e protegidas pelas
bênçãos divinas.
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada,

a fonte de descanso e a renovação das energias.
Família…
O ser humano cumprindo sua missão mais sublime
de sequenciar a obra do criador.
E depois…
Eu iria até, quem sabe, falar sobre algo como…
a Felicidade.
Mas é pena que a felicidade,
como tudo mais, há muito tempo já está
fora de moda.
Sabe de uma coisa…
Me sinto feliz por estar tão fora de moda.
E você?
Também está fora de moda como eu?
Espero que sim!!!
pense nisso!

terça-feira, 12 de março de 2013

11 de março ...aniversário de LUIS GUSTAVO.Parabéns meu amor!


Parabéns Luis Gustavo...meu bebe amado.
Eu não sei expressar em palavras, nem mesmo a parte do grande
amor que sinto em meu coração que hoje bate muito feliz e mais forte por ser
o seu dia meu pequeno Luis Gustavo.

Parabéns para você.
Que você vença sempre.Que tenha muita saúde...Que seja sempre sábio.

Que a sua vida seja sempre de muitas e muitas conquistas e realizações.
Admiro você ,suas brincadeiras ainda de bebe...vc ainda é um bebe lindo e peço a Deus para cobrir de luz a estrada da sua vida, e que ela
seja longa e muito feliz.

Sinto orgulho de ser avó, e perceber o quanto é bom voltar a ser mãe depois de tanto tempo...
Obrigada meu pequeno, por fazer me sentir que também sou
especial na sua vida.

Hoje festejar e cantar os parabéns para você é motivo de muita alegria e emoção
para mim. É motivo para eu elevar meus pensamentos em gratidão
a Deus, que tudo provê a tempo e a hora.
Hj olhei para o Sol ,em busca de DEUS e orei: Ó Deus-Pai, que dais vida a todos os seres viventes, abençoai o Luis Gustavo com Vosso Espírito Santo.

Feliz aniversário para você, meu bebe querido, com grandes alegrias
e realizações, porque ninguém mais que você merece.
Ser mãe é dar o coração, é dar a vida.
Mas ser avó... que sonho abençoado!!!
É viver de ilusão, num doce enleio,
É viver no neto o amor ao filho amado!
Que Deus te abençoe Luis Gustavo.
Um beijo de sua avó.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Morreu Hugo Chávez...Nasce Hugo Chávez, o mito



Morreu Hugo Chávez
Anúncio foi feito pelo vice-presidente Nicolás Maduro. Presidente venezuelano não resisitiu à quarta cirurgia ao cancro diagnosticado em 2011. Era um dos políticos mais influentes da América Latina das últimas décadas, que venceu todas as eleições a que se candidatou.



"Os que morrem pela vida não podem chamar-se de mortos”, disse o vice-presidente
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, faleceu na noite desta terça feira aos 58 anos de idade, em Caracas. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Nicolás Maduro. A morte ocorre quase três meses depois de ter sido submetido a uma quarta cirurgia para tentar controlar o cancro que fora diagnosticado em 2011.
Maduro disse que Chávez faleceu “depois de lutar duramente contra uma doença durante quase dois anos, pelo amor ao povo, com a bênção dos povos e com a lealdade mais absoluta dos seus companheiros e companheiras de luta”.
O vice-presidente anunciou que ordenou a mobilização das forças militares e policiais nas ruas “para proteger a paz do povo venezuelano”.
Chávez era um dos políticos mais influentes da América Latina das últimas décadas, que venceu todas as eleições a que se candidatou. A doença, porém, impediu-o de tomar posse depois da última vitória eleitoral, realizada em 7 de outubro do ano passado. A posse, que deveria ter ocorrido em 10 de janeiro, nunca ocorreu diante da impossibilidade física de Chávez se fazer presente, já que nessa data estava a convalescer em Cuba, onde fora submetido à cirurgia.
O vice-presidente apelou ao povo que se concentrasse diante do hospital militar de Caracas e nas praças Bolívar de todas as cidades. “Levemos cânticos de homenagem, de honra. Os que morrem pela vida não podem chamar-se de mortos”.
Maduro pediu também aos adversários do líder da Revolução Bolivariana que respeitem este "difícil momento”, respeitando a dor do povo, e fez um apelo à paz.
A sucessão
Segundo prevê o artigo 233º da constituição venezuelana, em caso de morte de um presidente eleito que não tenha tomado posse haverá lugar a uma nova eleição "universal, direta e secreta" no prazo de 30 dias.
"Quando se produza a falta absoluta do Presidente eleito ou Presidenta eleita antes de tomar posse, se procederá uma nova eleição universal, direta e secreta dentros dos 30 dias consecutivos seguintes", estipula. Antes, entre as situações de "falta absoluta" está classificada a morte de um mandatário eleito.
"Está muito claramente estabelecido o que se deve fazer. Agora que aconteceu uma falta absoluta, assume o vice-presidente da República como presidente, convocando eleições nos próximos 30 dias. É esse o mandato que nos deu 'El Comandante' no passado dia 8 de dezembro. Pediu aos bolivarianos que acompanhassem Maduro e é isso que vamos fazer", adiantou Elias Jaua, ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, citado pelo jornal venezuelano 'El Universal'. Segundo avançou ainda Elias Jaua, Maduro será o candidato às próximas eleições presidenciais.
A oposição reivindica, entretanto, que se respeite a Constituição, defendendo que quem deve assumir interinamente o poder é o presidente da Assembleia Nacional do país, Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - partido de Chávez.

Copiado na íntegra do blog Geografia em Foco




Nasce Hugo Chávez, o mito
Gostaria de acreditar que enquanto a maioria absoluta dos venezuelanos chora copiosamente a “morte” de Hugo Rafael Chávez Frías não existe quem a esteja comemorando. Entretanto, não me iludo. Apesar de ser um homem de paz que nunca revidou com violência a violência que sofreu nos idos de abril de 2002, Chávez era odiado com fervor por uma minoria.
Seus inimigos não o combateram por seus defeitos, que, como qualquer ser humano, deveria ter muitos. Não, não. Ele foi combatido por suas qualidades, porque sua obra – que ultrapassou as fronteiras de seu país – tornou o mundo mais justo e a vida dos compatriotas desvalidos menos penosa.
Foi chamado de “ditador”, mas nenhum governante das três Américas jamais se apresentou tantas vezes ao voto popular limpo e inquestionável quanto ele. De 1999 até o ano passado, incontáveis foram as eleições que venceu sem que nunca um só questionamento à lisura dos processos eleitorais que lhe deram as vitórias tenha sido sequer levado a sério.
Chávez logrou fazer da Venezuela a campeã das Américas em redução da pobreza e da desigualdade social. Sua obra social, como não podia ser atacada por conta de êxitos como o de tornar o seu país o segundo da América Latina, ao lado de Cuba, a extirpar a chaga do analfabetismo, foi ignorada pela mídia internacional e até pela venezuelana.
Nunca me esquecerei de uma viagem que fiz à Venezuela em 2007, quando fui a um dos morros que cercam Caracas e, em visita ao uma unidade do programa social de Chávez que acabou com o analfabetismo, vi adolescentes e até adultos recém-alfabetizados estudando a constituição do país.
Mas a obra de Chávez extrapolou as fronteiras de seu país natal. A revolução bolivariana se espalhou pela América Latina. Sua influência mais forte tem sido sentida na Argentina, na Bolívia e no Equador, com um modelo revolucionário que reformou constituições e democratizou a comunicação de massas.
Perto da redução da pobreza, da miséria e da desigualdade que Chávez promoveu, a que conseguimos no Brasil, em comparação proporcional, não lhe chega nem aos pés. Isso porque, com risco da própria vida e sacrificando a paz pessoal, ele comprou brigas com poderes imensuráveis que, se não tivesse comprado, teria tido uma vida mais fácil no poder.
Dolorosamente, a morte física de Chávez será explorada de forma nauseabunda por multibilionários das mídias de ultradireita que infestam esta parte do mundo. Tentarão culpa-lo pela própria morte. Em lugar de destacarem sua obra, destacarão o processo sucessório na Venezuela.
A esses, digo que se antes tinham poucas chances de derrotar esse herói latino-americano, esse verdadeiro patrimônio da humanidade, agora suas chances são nulas, morreram fisicamente com ele, que acaba de renascer. Hugo Rafael Chávez Frias renasceu, chacais da miséria humana. Tornou-se um mito que os assombrará até o fim dos tempos.
Morto fisicamente, Chávez adquiriu poderes que nem todos os editoriais, colunas, telejornais ou reportagens mal-acabadas da Terra conseguirão equiparar. Sua verdadeira história só agora começará a ser contada às gerações futuras, mostrando que quando um homem devota sua vida ao bem comum como ele fez, torna-se imortal.
Descanse em paz, Hugo.

Copiado do blog da Cidadania Eduardo Guimarães