Keblinger

Blog da Tia Maryane

domingo, 22 de maio de 2011

Depoimento da professora Amanda Gurgel

Professora ‘descasca’ educação pública e vira ‘estrela’ na internet e vai participar do Domingão do Faustão Postado por R.Alves por maio 19, 2011



Uma professora comum do Rio Grande do Norte se tornou uma “estrela” da internet. O motivo foi um depoimento feito no último dia 11, durante a realização de audiência pública na Assembleia Legislativa, sobre o quadro atual da educação no Estado.
Na oportunidade, Amanda Gurgel “descascou” a educação pública do Rio Grande do Norte, arrancando aplausos no plenário da Assembleia e milhares de elogios na internet.
A participação da professora na audiência pública durou apenas oito minutos, mas ganhou destaque em todo o Estado e nacionalmente.
Amanda criticou o salário-base de R$ 950,0 que recebe, falou da falta de estrutura das escolas e pediu respeito à secretária estadual da Educação (Betânia Ramalho). “Estão me colocando numa sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil. Salas de aula superlotadas, com os alunos entrando a cada momento com uma cadeira na cabeça porque não há carteiras na sala”, declarou a professora em relação à falta de estrutura.
Para Amanda Gurgel, “não tem como você ter qualidade em educação com professores com três horários em sala de aula. Porque é assim que os professores multiplicam os R$ 930,00. 930 de manhã, 930 à tarde e 930 à noite, para poder sobreviver”, relatou.
O vídeo com o depoimento de Amanda Gurgel foi disponibilizado na internet pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT), inicialmente em seu site pessoal. A postagem original com a professora “descascando” a educação pública já foi vista por mais de 62 mil pessoas no You Tube em todo o Brasil. Outras postagens do vídeo foram feitas, totalizando quase 100 mil acessos.
Milhares de pessoas comentaram o conteúdo do vídeo, sempre elogiando a postura de Amanda Gurgel.
Silvio Santiago escreveu: “Bravo! Brevíssimo, professora Amanda Gurgel. Isso não foi uma fala; foi um cala a boca aos responsáveis pela educação pública não apenas no RN, mas no Brasil”.
Maria Nazaré disse: “Obrigada, professora, por seu testemunho, emprestando sua voz para manifestar nossa angústia e fazer pertinentes denúncias.”
Amanda Gurgel também faz sucesso no Twitter, conquistando mais de 300 seguidores em poucas horas.
A “história” da professora ganhou destaque até no site do jornal O Globo, do Rio de Janeiro.
Amanda Gurgel disse que ficou surpresa com tanta repercussão. “Claro que não esperava tanto. Estava fazendo apenas uma atividade corriqueira de militante”, declarou, sem poder falar mais porque ia iniciar uma atividade na escola.
Em entrevista à Rádio Caicó AM, a professora potiguar Amanda Gurgel confirmou que estará participando do programa Domingão do Faustão, na Rede Globo de Televisão, neste domingo (22).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Novo Telecurso - Ensino Médio - História - Aula 13 (1 de 2)

Sistematizando o conteúdo


Sistematizando o conteúdo

No Vídeo  a repórter inicia a aula mostrando uma imagem .Que símbolo  a figura representa? Qual   seu nome?
Por que professora escolheu o museu afrobrasil para falar sobre a África?   Você já visitou um museu? Qual a importância  de um Museu?
Qual a  visão do Livro didático sobre a África?
Porque a África é chamada de berço da humanidade? Explique os motivos.
Quem foram os kush? Como eram chamados?
Cite os vários reinos,afrcanos?como ficaram conhecidos? Qual a importância deles para a história da África?
Segundo a analise do antropólogo Kabengele  Munanga  a história da África não é conhecida. .Quais as causas que ele aponta?
Produza um texto a partir do que você aprendeu sobre a África?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Projeto a África de todos nós

Projeto a África de todos nós

|
Objetivos
Estabelecer relações entre passado e presente, discutindo mudanças e permanências nas relações sociais.
Estabelecer uma ponte entre o conteúdo estudado e sua vida cotidiana por meio de estudos da história local.
Compreender e valorizar elementos das culturas africanas e de afrodescendência.
Ampliar o conceito de cidadania, discutindo questões como respeito à diversidade, religiosidade e sincretismo, preconceito, direitos, inclusão.
Séries  2º e 3º científico
Tempo estimado
3 aulas e atividades extra-classe em prazo a ser definido pelo professor.

Material necessário
Câmeras fotográficas, gravadores ou mp3 player, computador com acesso à internet.

Introdução A importância de se estudar a história de africanos e de afro-descendentes está relacionada às profundas relações que guardamos com a África. No geral, somos frutos dos encontros e confrontos entre diferentes grupos étnicos como indígenas, europeus, africanos e outros.

Entendemos que história do Brasil e história da África estão intimamente relacionadas, cabendo ao professor ampliar a discussão sobre, por exemplo, a escravidão, introduzindo elementos da história dos africanos, de sua cultura e não tratá-los como simples mercadoria que enriquecia europeus e tiveram seu trabalho explorado à exaustão no Brasil antes e após a independência política.

Nessa perspectiva, não podemos tratar a questão africana apenas do ponto de vista da escravidão, como se fosse uma questão isolada e superada pela assinatura da Lei Áurea em 1888. Um ponto de partida para ampliar nossa visão e tentar superar as visões estereotipadas sobre o tema é procurar recuperar os elementos da resistência negra, suas formas de luta e de organização, sua cultura, não apenas no passado, mas também no tempo presente.

Desenvolvimento
1ª. etapa Comece o trabalho explorando com os alunos os elementos da história africana e/ou da presença africana na História do Brasil que eles já tenham estudado. Procure levantar os conhecimentos dos alunos acerca das relações sociais estabelecidas, das visões que foram construídas sobre africanos e afro-descendentes no Brasil, sobre a cultura africana e/ou a mescla de culturas que se convencionou chamar "cultura brasileira" com forte influência de elementos africanos. É possível que surjam respostas que remetam a determinados assuntos como alimentação, música, dança, lutas e religiosidade. Se não surgirem, instigue-os a refletir sobre a presença ou ausência desses elementos no modo de vida deles.

Após essa conversa inicial, convide os alunos para explorar o site http://www.acordacultura.org.br/, que mostra informações sobre a cultura negra africana em forma de jogos, livros animados, vídeos, músicas e textos. Dica: veja textos sobre a importância da cultura negra na coluna da esquerda da página inicial - "valores civilizatórios".

A exploração do site é apenas um ponto de partida para a discussão que poderá ser fundamentada em conhecimentos anteriores dos alunos, de acordo com os conteúdos previstos no currículo de História, como:
- História da África, incluindo elementos da cultura e religiosidade etc. (o período variando de acordo com o ano/série dos alunos).
- Escravidão no Período Colonial e/ou no Período do Império. As lutas e as formas de resistência, e elementos da cultura trazida pelos africanos.

Proponha aos alunos um trabalho de investigação da presença da cultura negra na localidade e das relações sociais estabelecidas entre os diferentes grupos étnicos, por meio de entrevistas. O objetivo é fazer com que os alunos percebam as relações entre o passado (os conteúdos estudados em História) e o tempo presente, observando as mudanças e permanências nas relações estabelecidas entre os diferentes grupos étnicos e da situação dos afro-descendentes na sociedade brasileira. Essas pesquisas podem ser incluídas em um blog produzido pela classe. Será um espaço de debate virtual em que os alunos da escola e os moradores da comunidade local poderão trocar idéias sobre o assunto.

2ª etapa
Agora é o momento de planejar as entrevistas. Divida a turma em grupos de quatro ou cinco alunos e faça a mediação dos seguintes pontos:

- O levantamento de afro-descendentes que sejam moradores antigos da localidade para serem entrevistados.

- Combinar com os alunos se as entrevistas serão realizadas na escola ou na casa dos entrevistados.

- Elaborar as questões que serão feitas aos entrevistados. Exemplos de coleta de bons depoimentos podem ser encontrados no portal do Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/).
O questionário deverá ter:
Nome
Idade
Há quanto tempo mora na localidade,
Profissão, atividades que exerceu
Religião
O lazer no passado e no presente
Os tipos de música e de dança preferidos do passado e do presente
Se sofre ou já sofreu discriminação por ser afro-descendente
Participa de organizações como cluciações de moradores, ONGs que lutem pela defesa dos direitos dos afro-descendentes
Outras questões sugeridas pelos alunos a partir dos estudos realizados

- A definição das formas de registro da entrevista

- Reforçar com os alunos a importância do respeito aos entrevistados.

- O estabelecimento de uma data para que os materiais coletados sejam levados para a classe.

3ª. etapa
Os grupos de alunos deverão realizar as seguintes atividades:

- Contatar os moradores escolhidos, explicando o objetivo da entrevista.

- Gravar as entrevistas com equipamentos de áudio (gravadores, mp3 player etc.)

- Pedir permissão para fotografar os entrevistados

- Perguntar se eles possuem fotos antigas ou outros objetos e se permitem que eles sejam fotografados para compor o trabalho final.

No retorno do trabalho, em sala de aula, você deverá mediar a socialização das experiências de cada grupo por meio da discussão:
- como se deu a interação com os entrevistados
- quais foram as informações obtidas
- as semelhanças e diferenças entre as respostas dos entrevistados

4ª. etapa A partir das entrevistas e dos materiais coletados, é possível recuperar um pouco da história das relações sociais na localidade, da presença (ou não) de discriminação de afro-descendentes e de elementos da cultura de origem africana.

Produto final
O material coletado pode ser organizado:
- em um painel com fotos e informações escritas
- elaboração coletiva de um blog que poderá conter as gravações das entrevistas, depoimentos de alunos sobre o tema, mudanças e permanências nas relações sociais na localidade, espaço para postagem de sugestões sobre a formas de combate ao preconceito e à discriminação racial.

Avaliação
Os pontos que deverão ser avaliados são:
- envolvimento e participação dos alunos nas discussões em grupos
- pertinência das informações e dos materiais coletados
- organização e clareza das informações no painel e nos textos e áudios postados no blog.
|

a influência africana na percussão do Brasil, por mário pam e sandro teles

a influência africana na percussão do Brasil, por mário pam e sandro teles

 mario-pam.jpg
mario pam – maestro do ilê aiyê
sandro teles – educador e músico do ilie aiyê


BRA – salvador 



a influência africana na percussão do Brasil

A percussão brasileira se formou por variados elementos da cultura africana e constitui hoje um leque bastante significativo da cultura brasileira. Há séculos atrás a percussão era utilizada como forma de comunicação entre as tribos africanas que utilizavam dessa arte para avisar a chegada de chuvas, rebanhos, inimigos e visitantes. Com a chegada dos negros escravizados ao Brasil, mesmo em situação desfavorável ao desenvolvimento de qualquer manifestação, os negros(as) conseguiram manter acesa a chama de sua cultura e através da oralidade, os ritmos, os instrumentos, os cânticos e danças puderam ser guardados e mantidos até os dias atuais. Com a mistura de etnias promovida pelo regime escravista para dificultar a comunicação e assim estabelecer domínio e coibir a organização dos negros escravizados, houve, ao contrário do que era esperado, uma mistura de diversos elementos e isso ocasionou o surgimento do sincretismo religioso entre as religiões africanas e a formação de um extenso leque da cultura africana no Brasil. Assim a percussão é hoje uma das artes mais expressivas neste cenário, e instrumento propulsor da criação dos blocos afro na Bahia, das escolas de samba em alguns estados do Brasil, o Tambor de Mina no Maranhão, o Maracatu em Pernambuco, as Congadas em Minas Gerais e as muitas outras expressões culturais de origem africana no Brasil.


95cw0421-copy-2.jpg

A presença do Brasil na África

A presença do Brasil na África.

Crédito da imagem: Suart Eman.
"O Brasil se encontra bem posicionado em termos geográficos, étnicos e culturais, tendo muito para exercer papel importante nesse novo mundo africano. Do mesmo modo que o mundo mediterrâneo na antiguidade o mundo atlântico possui certa unidade histórica, geográfica e cultural a que se superpõem as diferenças locais ou regionais." (CASTRO, Therezinha. África: geohistória, geopólitica e relações internacionais. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1991.p. 203.)
O Brasil demorou para perceber a impotância econômica e geopolítica que o continente africano podia oferecer. A China percebeu primeiro. Para José Flávio Saraiva (grande especialista em África e professor da UNB) o Brasil oferecia resistência histórica em se aproximar da África.
Mas, na última década o Brasil "acordou", o comércio as exportações e as importações com os países africanos praticamente quadrupicaram. Fator que contribuiu para que o Brasil aumentasse o número de embaixadas no continente.
Grandes empresas brasileiras estão presentes em muitos países africanos. Após o fim de muitos conflitos que assolaram o continente a economia volta a crescer. É tempo de reconstrução. E grandes empresas brasileiras como a Oldebrecht, a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez estão empenhadas na possibilidade de realizar grandes obras. Os recursos naturais como o petróleo, carvão; dentre outros, atraíram empresas como a Petrobras e a Vale do Rio Doce.
Para o presidente da Vale, Roger Agnelli, fazer negócio na África pode ser difícil, devido a instabilidade política e alguns conflitos que persistem, mas por outro lado é uma das poucas fronteiras naturais em expansão.
Em países como Angola e Moçambique (lusófonos), a presença do Brasil vai além das indústrias extrativistas e de construção. Há um consumo imaterial, programas de tevê e cantoras brasileiras tem presença garantida. Em Angola há shopping center com a rede Bob's, Ellus e livrara Nobel.
Referências:
Fuga de cérebros ameaça países africanos. Folha de São Paulo, A-18 mundo. 13 maio, 2007.
Petrobras e Vale entram na corrida por reservas. Folha de São Paulo. B-18 dinheiro. 16 de set. 2007.
Em dez anos, Brasil e África quadruplicam comércio. Correio do Povo. In: ADDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria

influência Negra no Brasíl


Esse texto abordará a influência da cultura negra africana no Brasil, como o samba, a capoeira, o candomblé, a contribuição dos negros para a cultura brasileira.

Povos no Brasil

As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado.
A miscigenação no Brasil deu origem a três tipos fundamentais de mestiço:
Cabloco = branco + índio
Mulato = negro + branco
Cafuzo = índio + negro

Negros

Os negros, trazidos para o Brasil como escravos, do século XVI até 1850, destinados à lavoura canavieira, à mineração e à lavoura cafeeira, pertenciam a dois grandes grupos: os sudaneses e os bantos. Os primeiros, geralmente altos e de cultura mais elaborada, foram sobretudo para a Bahia. Os bantos, originários de Angola e Moçambique, predominaram na zona da mata nordestina, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas.

O samba

Gênero musical binário, que representa a própria identidade musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova.

A Escola de Samba

Uma coisa é o samba. Outra, a escola de samba. O samba nasceu em 1917. A primeira escola surgiu uma década mais tarde. Expressão artística das comunidades afro-brasileiras da periferia do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje em todo o Brasil e são grupos de canto, dança e ritmo que se apresentam narrando um tema em um desfile linear. Somente no Rio, mais de 50 agremiações se dividem entre as superescolas e os grupos de acesso.
O desfile das 16 superescolas cariocas se divide em dois dias (domingo e segunda-feira de carnaval), em um megashow de mais de 20 horas de duração, numa passarela de 530 metros de comprimento, onde se exibem cerca de 60 mil sambistas. Devido à enorme quantidade de trabalho anônimo que envolve, é impossível estimar o custo de sua produção. Uma grande escola gasta cerca de um milhão de dólares para desfilar, mas este valor não inclui as fantasias pagas pela maioria dos componentes, nem as horas de trabalho gratuito empregadas na concretização do desfile (carros alegóricos, alegorias de mão, etc.). Com uma média de quatro mil participantes no elenco, cada escola traz aproximadamente 300 percusionistas, levando o ritmo em sua bateria, além de outras figuras obrigatórias: o casal de mestre-sala e porta-bandeira (mestre de cerimônias e porta-estandarte), a ala das baianas, a comissão de frente e o abre-alas.
 Primeira escola de samba: Deixa falar, fundada em 12 de agosto de 1928, no Estácio, Rio de Janeiro, por Ismael Silva, Bide, Armando Marçal, Mano Elói, Mano Rubens e outros sambistas (foi extinta em 1933).
 Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935, vencido pela Portela.
 Campeão do último desfile: Mocidade Independente, com o enredo "Criador e criatura", de Renato Lage.

Capoeira

A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua própria música e é praticada principalmente na cidade de Salvador, estado da Bahia. É uma das expressões características da dança e das artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir de um estilo de luta originário de Angola. Nos primeiros anos da escravidão havia lutas permanentes entre os negros e quando o senhor de escravos as descobria, castigava ambos os bandos envolvidos. Os escravos consideravam essa atitude injusta e criavam "cortinas de fumaça" por meio da música e das canções, para esconder as verdadeiras brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi sendo refinada até se converter em um esporte sumamente atlético, no qual dois participantes desfecham golpes entre si, usando apenas as pernas, pés calcanhares e cabeças, sem utilizar as mãos. Os lutadores deslizam com grande rapidez pelo solo fazendo estrelas e dando espécies de cambalhotas. O conjunto musical que acompanha a capoeira inclui o berimbau, um tipo de instrumento de madeira em forma de arco, com uma corda metálica que vai de uma extremidade à outra. Na extremidade inferior do berimbau há uma cabaça pintada, que funciona como caixa de som. O músico sacode o arco e, enquanto ressoam as sementes da cabaça, toca a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único, parecido com um gemido.

Candomblé

Festa religiosa dos negros jeje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes e mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por si só, um verdadeiro culto.
As cerimônias religiosas do Candomblé, são realizadas de um modo geral em terreiros, que são locais especialmente destinados para esse fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xangô em Alagoas e Pernambuco. As cerimônias são dirigidas pela mãe-de-santo, ou pai-de-santo. Cada orixá tem uma aparência especial e determinadas preferências. O toque de atabaque, uma expécie de tambor e a dança, individualizam um determinado orixá. Os orixás são divindades, santos do candomblé, cada pessoa é protegida por um dos orixás e pode ser possuída por ele, quando, então ela se transforma em cavalos de santo.

Pratos

No Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, em pratos como vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta. São ainda dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda, o arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca com abóbora, sempre acompanhados de muita farinha de mandioca. A feijoada carioca, de origem negra, é o mais tipicamente brasileiro dos pratos.
Autoria: Erasmo Lopes

África de todos nós

Desde 2003, a cultura africana faz parte do currículo. Descubra com seus alunos a riqueza das ciências, das tecnologias e da história dos povos desse continente

África, berço da humanidade
Clique para ver o Infográfico produzido por Alexandre Jubran e Luiz Iria


Os diversos povos que habitavam o continente africano, muito antes da colonização feita pelos europeus, eram bambambãs em várias áreas: eles dominavam técnicas de agricultura, mineração, ourivesaria e metalurgia; usavam sistemas matemáticos elaboradíssimos para não bagunçar a contabilidade do comércio de mercadorias; e tinham conhecimentos de astronomia e de medicina que serviram de base para a ciência moderna. A biblioteca de Tumbuctu, em Mali, reunia mais de 20 mil livros, que ainda hoje deixariam encabulados muitos pesquisadores de beca que se dedicam aos estudos da cultura negra.
Infelizmente, a imagem que se tem da África e de seus descendentes não é relacionada com produção intelectual nem com tecnologia. Ela descamba para moleques famintos e famílias miseráveis, povos doentes e em guerra ou paisagens de safáris e mulheres de cangas coloridas. "Essas idéias distorcidas desqualificam a cultura negra e acentuam o preconceito, do qual 45% de nossa população é vítima", afirma Glória Moura, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).

Negros são parte da nossa identidade
O pouco caso com a cultura africana se reflete na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. "Uma norma não muda a realidade de imediato, mas pode ser um impulso para introduzir em sala de aula um conteúdo rico em conhecimento e em valores", diz Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, membro do Conselho Nacional da Educação e redatora do parecer que acrescentou o tema à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Para Iolanda de Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, se a escola não inclui esses conteúdos no planejamento, cada professor pode colocar um pouco de África em seu plano de ensino: "Não podemos esperar mais para virar essa página na nossa história", enfatiza. Antes de saber como usar elementos da cultura africana em cada disciplina, vamos analisar alguns aspectos da história do continente e os motivos que levaram essas culturas a serem excluídas da sala de aula.
O ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do Mar Mediterrâneo. O Egito estava entre elas, mas raramente é relacionado à África, tanto
que, junto com outros países do norte do continente, pertence à chamada África Branca, termo que despreza os povos negros que ali viveram antes das invasões dos persas,
gregos e romanos.

A pequisadora Cileine de Lourenço, professora da Bryant University, de Rhoad Island, nos Estados Unidos, atribui ao pensamento dos colonizadores boa parte da origem do preconceito: "Eles precisavam justificar o tráfico das pessoas e a escravidão nas colônias e para isso ‘animalizaram’ os negros". Ela conta que, no século 16, alguns zoológicos europeus exibiam negros e indígenas em jaulas, colocando na mesma baia indivíduos de grupos inimigos, para que brigassem diante do público. Além disso, a Igreja na época considerava civilizado somente quem era cristão.
Uma das balelas sobre a escravidão é a idéia de que o processo teria sido fácil pela condição de escravos em que muitos africanos viviam em seus reinos. Essa é uma
invenção que não passa de bode expiatório: a servidão lá acontecia após conquistas internas ou por dívidas – como em outras civilizações. Mas as pessoas não eram
afastadas de sua terra ou da família nem perdiam a identidade.
Muitas vezes os escravos passavam a fazer parte da família do senhor ou retomavam a liberdade quando a obrigação era quitada com trabalho. Outra mentira é que seriam povos acomodados: os negros escravizados que para cá vieram revoltaram-se contra a chibata, não aceitavam as regras do trabalho nas plantações, fugiam e organizavam quilombos.

A exploração atrapalhou o desenvolvimento
A dominação dos negros pelos europeus se deu basicamente porque a pólvora não era conhecida por aquelas bandas – e porque os africanos recebiam bem os estrangeiros,
tanto que eles nem precisavam armar tocaias: as famílias africanas costumavam ter em casa um quarto para receber os viajantes e com isso muitas vezes davam abrigo ao
inimigo. Durante mais de 300 anos foram acaçambados cerca de 100 milhões de mulheres e homens jovens, retirando do continente boa parte da força de trabalho e rompendo com séculos de cultura e de civilização.
Nesta reportagem, deixamos de lado de propósito a capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Preferimos mostrar conteúdos ligados às ciências sociais e naturais, à Matemática, à Língua Portuguesa e Estrangeira e a Artes, menos comuns em sala de aula, para você rechear a mochila de conhecimentos dos alunos sobre a África.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Será que Osama Bin Laden morreu mesmo?

Achei muito estranho o fato de militares americanos terem localizado e eliminado o terrorista Osama Bin Laden, ao mesmo tempo em que jogaram o corpo dele no mar. Alguma coisa não está sendo relatada pelas autoridades americanas. Será que Osama Bin Laden morreu mesmo?

As informações divulgadas pela Casa Branca são extremamente contraditórias. De acordo com o porta voz do governo, o presidente Obama não quis que a mansão fosse bombardeada, para que se preservasse o corpo do terrorista, a fim de evitar qualquer dúvida sobre sua morte. Então por que motivo o corpo de Osama foi jogado ao mar?

A história de que seria difícil encontrar um país que aceitasse receber o corpo de um dos mais procurados líderes extremistas do mundo, para justificar o sepultamento no mar, não me convenceu. Anunciar a morte de Bin Laden sem mostrar os restos mortais do terrorista é como festejar uma vitória, sem ter um troféu. E todo mundo sabe que os americanos adoram exibir suas proezas. Eles não querem se dar por vencidos, então já que estão a anos procurando e não encontram, o melhor é dizer, que ele já está morto. Mas cadê o corpo? Essa é mais uma dúvida que provavelmente ficará na mente de muitas pessoas, por muitos e muitos anos.

Na minha opinião, é tudo um jogo político. Sem sombra de dúvidas. E isso se chama reeleição. Não podemos esquecer, é claro, da pressão que os familiares das vítimas do 11 de setembro exercem sobre o governo dos EUA para que algo seja feito, já que o assunto foi caindo num certo esquecimento.

O presidente Barak Obama, em queda acentuada de popularidade, deve ter suas razões para sorrir e os americanos podem finalmente enterrar o fantasma das Torres Gémeas. Mas será que o mundo ficará mais seguro? Essa é a grande questão. Eu não acredito. Creio até que Bin Laden deixou uma herança difícil de controlar. Para mim, essa historia está muito mal contada e somente a História será capaz de explicar. Está aí, uma grande tarefa para os historiadores!
.

Fotos de Osama Bin Laden Morto - Mais Uma Mentira dos EUA?

Foi anunciada com dramaticidade de um filme de ação a morte do terrorista mais odiado de todos os tempos, Osama Bin Laden.

Mais uma mentira criada pelos estados unidos! Será que as pessoas não percebem?

Eu não acho que é possível que as pessoas acreditem nisso! Mentira para criancinhas inocentes.

A morte de Osama Bin Laden em condições suspeitas e sem provas nada mais é do que um golpe de marketing, uma história criada para levantar a popularidade de  Barack Obama, que está despencando cada vez mais.

As fotos de Bin Laden Morto, onde estão? O fato delas não aparecerem já geraria muitas suspeitas...

Mas a maior prova da mentira foi a declaração que jogaram seu corpo no mar. Agora é fácil, não precisam ter mais provas, o corpo foi comido pelos peixes!

Não faz o menor sentido jogar o corpo do terrorista mais procurado no mar! Com certeza o corpo de Bin Laden seria um valioso troféu, jamais, se fosse verdade, eles teriam jogado o corpo no mar.

Só circula pela internet a foto abaixo, que já foi comprovada ser falsa.

MENTIRA PARA INCAUTOS IGNORANTES!

Imagino opcionalmente algo ainda mais sórdido. Como não o encontraram, fizeram um pacto com seus interlocutores para que ele desaparecesse para sempre e os EUA parariam de perseguí-lo, botando um fim na história. Caso não houvesse este pacto, seria pior quando ele aparecesse novamente na TV vivo e saudável ameaçando novamente os norte americanos.

Tudo foi descrito ao estilo da série de TV 24 horas, em que algum "Jack Bauer" enfrenta o "chefe final", Osama Bin Laden, que, nos moldes dos bons chefes finais, ainda usou a própria esposa como escudo, enquanto o Barack "David Palmer" Obama acompanhava toda a ação remotamente e comandava tudo como um verdadeiro líder, inclusive ordenando o ataque. Só faltava Bin Laden ter usado um robô gigante para enfrentar os guerreiros que estavam ali caçando-o, depois da destruição deste robô, Osama se levanta e o herói o enfrenta  na base do "american way", ou seja, na porrada mano-a-mano. Com certeza o golpe final do mocinho foi na base do soco, chutes e voadoras, enquanto a mansão pegava fogo.

Onde estão as fotos reais de Bin Laden morto? E quem garante, mesmo quando elas aparecerem, que não são de algum sósia do líder terrorista?

Outra coisa importante. Acredito que a grande mídia esteja comprada, encobrindo esta farsa. Não vi em nenhum veículo de comunicação a  dúvida de que realmente os estados unidenses mataram Osama Bin Laden, mesmo que todos os comentários da população, de maneira geral, estejam duvidando disso. Obviamente manipulação da midia! Os EUA são mestres nisso!

Esta história está extremamente mal contada, e pode ser que a verdade  jamais venha a tona, pois as pessoas irão esquecer em pouco tempo.

Provavelmente esta é mais uma mentira que entrará para a história e virará verdade em pouco tempo.

1º de maio através de imagens.

 
Lembro que quando fazia o ensino fundamental I (na época 1º grau), no dia 1º de maio (em tds eles) sempre fazíamos a mesma coisa: pintar um desenho relacionado ao trabalho, ou seja, preencher com cores um desenho já pronto retratando um profissional, acho que nunca colori um professor (só na data referente). Era essa a "homenagem" feita ao trabalhador no "Dia do Trabalho". No fundamental II e no médio já não fazíamos as "pinturas", na verdade não fazíamos nada, não havia nenhum tipo de discussão sobre o assunto, o por quê da data, etc. 

O interessante é que ainda hoje há profissionais da educação que ainda utilizam essa metodologia da pintura [e somente ela] ou do passar em branco. Pode-se trabalhar o 1º de maio através de imagens e desenhos sim, contudo que o assunto seja debatido antes, como forma de conscientização. 

Não sou uma expert no assunto, apenas uma curiosa que tenta várias formas de estimular o aluno para o aprendizado da História. Pensando nisso, coloco aqui duas possibilidades para serem aplicadas em sala de aula. São apenas dicas, ficando à cargo do educador sua exploração.