Ser professor é ser educador, é ser mestre, é ser amor.
É ser artista, malabarista, pintor, escultor, escritor, doutor.
É ser gênio, ser genial, é ser humilde, é ser total.
Musicólogo, psicólogo, psicanalista, analista, advogado, poeta, atleta, animador de auditório, defensor, justo, justiça. É ser pai, mãe, irmão, irmã, tio, avô, avó, é ser da família.
SÓ ISSO?
É ser palhaço, bagaço, cansaço, estilhaço, abraço, aconchego, afago.
É ser paciência, ciência, sorriso, alegria, contentamento.
É ser sabedoria, sabor, vida vivida e experimentada, ser tudo, ser nada.
É ser informação, formação, conhecimento, limite, doçura.
É poder estar triste sem ser tristeza, é ser esperança, dança, contentamento.
É MAIS! MUITO MAIS!
Ser professor é ser bússola, farol, luz, caminho.
Convite para o bem, exemplo do Bem.
Incompreendido? Às vezes.
Defendido? Quase nunca.
Seu filho foi aprovado, passou de ano? Claro, ele é um gênio, estudioso.
Não passou? Foi o professor que não ensinou direito.
Para uns é o próprio Cristo.
Para outros o próprio Demônio. Para estes, mal vistos.
Para aqueles um SANTO, UM SALVADOR.
Para que ser professor? É um vício? É uma vocação? É um desejo? É uma realização?
É uma outra coisa: É ter nas mãos o mundo, o amanhã, a chave da ordenação e da sistematização do conhecimento, é ser vida vivida, vida que vale a pena.
É ter nas mãos o mundo, e não ter nada, amanhã seus alunos se vão, trilham outros caminhos, EU, VOCÊ, NÓS ficamos. E com olhos voltados para a educação recebemos nova turma, novos alunos. Novos olhinhos ávidos de cultura e de sabedoria que dão sabor à existência.
Ser professor é, então, recomeçar e partilhar com a nova turma a ciência, o saber e a orientação. É colocar NORTE nas cabeças e nos corações que amanhã brilharão no firmamento de uma nova nação.
Ser professor é ser infinito. É ser terra, é ser céu.
É ser SAL, é ser LUZ. É dar gosto à vida e iluminar os caminhos.
Fica, fica sim uma grande saudade e uma enorme amizade!
O pagamento real, o reconhecimento pleno...:
Vai no coração de cada aluno, de cada vida que construímos e na certeza consciente do dever cumprido, na certeza de plenitude, de eternidade.
Texto original de Gabriel Gonçalves. Adaptação Deusdede Marques de Oliveira.
